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quarta-feira, 17 de abril de 2019

SIMULADÃO DO DETRAN 2019, PASSE DIRETO NA PROVA DO DETRAN, 30 QUESTÕES Q...

SIMULADÃO DO DETRAN 2019, PASSE DIRETO NA PROVA DO DETRAN, 30 QUESTÕES Q...

sábado, 19 de abril de 2014

Crise de 1929 e Totalitarismo - Questões com gabarito

Crise de 1929 e Totalitarismo

01. (FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939) foi marcado por:

a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo;

b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre fascismo e comunismo;

c) estagnação das economias socialistas e capitalistas e aliança entre os EUA e a URSS para deter o avanço fascista da Europa;

d) prosperidade das economias capitalistas e socialistas e aparecimento da Guerra fria entre os EUA e a URSS;

e) coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.


02. (UNITAU) O nazismo e o fascismo surgiram:

a) do desenvolvimento de partidos nacionalistas, com pregações em favor de um Executivo forte, totalitário,
com o objetivo de solucionar crises generalizadas diante da desorganização surgida após a Primeira Guerra;

b) da esperança de conseguir estabilidade com a união das "doutrinas liberais" de tendências individualistas;

c) com a instituição do parlamentarismo na Itália e na Alemanha, agregando partidos populares;

d) com o enfraquecimento da alta burguesia e o apoio do governo às camadas lideradas pelos sindicatos
socialistas;

e) do coletivismo pregado pelos marxistas.


03. (FUVEST) Em seu famoso painel Guernica, Picasso registrou a trágica destruição dessa cidade basca por:

a) ataques de tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial;
b) republicanos espanhóis apoiados pela União Soviética durante a Guerra Civil;
c) forças do Exército Francês durante a Primeira Guerra Mundial;
d) tropas do governo espanhol para sufocar a revolta dos separatistas bascos;
e) bombardeio da aviação alemã em apoio ao general Franco contra os republicanos.


04. (FUVEST) "Mas um socialismo liberado do elemento democrático e cosmopolita cai como uma luva para
o nacionalismo." Esta frase de Charles Maurras, dirigente da Action Française, permite aproximar pensamento da ideologia:

a) fascista
b) liberal
c) socialista
d) comunista
e) democrática


05. (UFES) A Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939), em que mais de 1 milhão de pessoas perdeu a vida, terminou com a derrota dos republicanos e com a subida ao poder do general Francisco Franco. O Estado Espanhol, após a vitória de Franco, caracterizou-se como:

a) democrático com tendências capitalistas;
b) democrático com tendências socialistas;
c) populista de esquerda;  
d) totalitário de direita;
e) totalitário de esquerda.


06. (FGV) Entre as duas Guerras Mundiais (1919 - 1939), ocorreram alguns fatos históricos relevantes. Merecem destaque a:

a) ascensão da República de Weimar, a eclosão da Guerra da Coréia e a proclamação da república do Egito;

b) quebra da Bolsa de Nova Yorque, a proclamação da República Popular da China e a criação do estado de
Israel;

c) deflagração da guerra entre Grécia e Turquia, a eleição  de presidentes socialistas na França e em Portugal e a constituição do Pacto de Varsóvia;

d) ascensão do nazismo na Alemanha, o início da Nova Política Econômica na Rússia e a deflagração da
Guerra Civil na Espanha;

e) ascensão do fascismo italiano, a criação do Mercado Comum Europeu e a invasão do Afeganistão pela
União Soviética.


07. (FUVEST) A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos trinta, ocorreu:

a) pelas mãos do Exército Alemão, que quis desforrar-se das humilhações impostas pelo Tratado de Versalhes;
b) através de uma  ação golpista, cuja ponta de lança foram as forças paramilitares do Partido Nazista;
c) em conseqüência de uma aliança entre os nazistas e os comunistas;
d) a partir de sua convocação pelo presidente Hindenburg para chefiar uma coalizão governamental;
e) através de uma mobilização semelhante à que ocorreu na Itália, com a marcha de Mussolini sobre Roma.


08. 1. "Ao contrário das velhas organizações que vivem fora do Estado, os nossos sindicatos fazem parte
do Estado." (Mussolini)

      2. "Defender os produtores significa combater os parasitas. Os parasitas do sangue, em primeiro
lugar os socialistas, e os parasitas do trabalho, que podem ser burgueses ou socialistas."  (Mussolini)

      3. "Mesmo neste momento, tenho a sublime esperança de que um dia chegará a hora em que essas
tropas desordenadas se transformarão em batalhões, os batalhões em regimentos e os regimentos em divisões." (Hitler)

      4. "Aqueles que governam devem saber que têm o direito de governar porque pertencem a uma raça
superior." (Hitler)

Nas citações acima, encontramos algumas das principais características do nazismo e do fascismo. Identifique-as, ordenadamente, nas alternativas abaixo:

a) Expansionismo, nacionalismo, romantismo, idealismo.
b) Corporativismo, anticomunismo, militarismo, racismo.
c) Totalitarismo, socialismo, esquadrismo, anti-semitismo.
d) Liberalismo, comunismo, antimilitarismo, corporativismo.
e) Pacifismo, não-intervencionsimo, industrialismo, anti-semitismo.


09. Por mais de um século, a Espanha estivera dividida entre grupos hostis de reacionários, monarquistas e
religiosos de um lado, e liberais burgueses, anticlericais e socialistas do outro. Em 1931, uma revolução instalou a República e foram promulgadas severas leis contra o Exército, os latifundiários e a Igreja. Em julho de 1936, no entanto, irrompeu a contra-revolução, levando a uma guerra civil que se prolongou por cerca de três anos e que teve como principal conseqüência:

a) a vitória das forças democráticas e da monarquia parlamentar sob o comando do rei Juan Carlos;
b) a ascensão do socialismo, que vigorou até meados da década de 70;
c) a implantação do franquismo, com o apoio da Itália e da Alemanha;
d) o triunfo das forças populares, que levou à união nacional e pôs fim às rivalidades entre os habitantes do país;
e) o enfraquecimento da Espanha e sua submissão à França e Inglaterra.


10.
"Quando a crise estourou, o governo do presidente Hoover, do Partido Republicano, adotou uma
atitude passiva, de acordo com o sistema liberal dominante nos Estados Unidos. Mas os anos
passaram e a crise permaneceu. Viu-se então que os empresários americanos e o governo
republicano que os representava não seriam capazes de solucioná-la. Nas eleições presidenciais, os
republicanos apresentaram a candidatura de Herbert Hoover à reeleição, mas ele foi derrotado pelo
candidato dos democratas."

O candidato vencedor foi:

a) John Kennedy
b) George Washington
c) Woodrow Wilson
d) Fraklin Roosevelt
e) Harry Truman

Resolução:
01. A02. A03. E04. A
05. D06. D07. D08. B
09. C10. D

A Economia Ocidental Pré-crise de 1929

A Economia Ocidental Pré-crise de 1929

Aumento da Interdependência Econômica: Um traço distintivo do período pós-Primeira Guerra Mundial foi o aumento da interdependência econômica entre os países. Por um lado, aumentava a circulação geral de bens e fundos; por outro, na hipótese de uma crise, esta teria também caráter mundial. Até o inicio da Primeira Guerra, as grandes potências industriais reservavam mercados para obter matérias-primas e colocar seus produtos manufaturados. A Primeira Guerra mudou esse panorama. Os países aliados passaram a depender dos Estados Unidos, como fornecedores de capitais e produtos para o esforço de guerra.
Ao término da Primeira Guerra, a Europa dependia muito dos Estados Unidos.

A Prosperidade Norte-Americana e a Recuperação Econômica Européia: Durante a Primeira Guerra após o término do conflito, os estados Unidos forneceram capitais para a reconstrução da economia européia que, num intervalo relativamente curto (1918 – 1924), conseguiu recuperar-se. Essa recuperação provocou efeitos diretos na economia norte-americana. Os países europeus procuraram dinamizar suas respectivas produções e tronar-se menos dependentes dos produtos norte-americanos.

A Crise na Agricultura Norte-Americana: Durante e logo após a guerra os empresários agrícolas norte-americanos haviam investido muito na aquisição de terras, equipamentos, e todo o necessário para atender à demanda crescente dos mercados internos e externos. A partir de 1924, após exuberantes colheitas, há uma queda na procura e os preços começam a cair. Os agricultores precisavam vender seus produtos para saldar dívidas e hipotecas, mas não conseguem fazê-lo, o que agradava o quadro.

A Especulação Financeira: No mercado de títulos e valores havia um clima de euforia.
Facilitava-se o crédito para que pequenos investidores comprassem ações na bolsa. Os grandes investidores especializaram-se no negócio de compra e venda de ações fazendo fortunas de um dia para o outro. Dinamizava-se o mercado financeiro e investiam-se menos no setor produtivo.
Nessas situações, dinheiro circula com uma grande velocidade, sem corresponder efetivamente ao que ocorre na produção, que não possui o mesmo dinamismo. Entre 1925 e 1929, o índice geral dos títulos do setor industrial estava cotado em Wall Street (localização da Bolsa de Nova Iorque) em um valor duas vezes maior que o da produção industrial. Aumentavam sem que um correspondente crescimento no consumo justificasse tão altas cotações. Essas cotações elevadas eram produtos de atividade meramente especulativa. um conjunto de grandes investidores comprava grandes quantidades de títulos em baixa, o que induzia outros a comprar mais daqueles títulos. No momento que aumentava a procura elevam-se seus preços. Os especuladores colocavam seus títulos à venda e, na diferença entre o valor que desembolsaram para a compra e o valor que estavam obtendo pela venda, obtinham lucros.


A Crise de 1929

Notícia em jornal da crise de 1929No dia 24 de outubro de 1929, a "Quinta-feira negra", 16 milhões de títulos foram colocados à venda sem que aparecessem compradores. Os preços dos títulos desabaram. A queda se acelerou e, no começo de novembro, os títulos perderam mais de um terço de seu valor. Acreditava-se que a crise era passageira. O presidente norte-americano, Hoover, afirmava tratar-se de uma simples recessão: "Comprem, a prosperidade está na próxima esquina". No começo de 1930, ocorreu uma melhora nas cotações. Os grandes especuladores aproveitaram para despejar no mercado os títulos que possuíam. Novo pânico se instaura arruinando milhares de pequenos investidores, que pegavam prestações de empréstimos pela compra de ações de que eram portadores mas que não tinham mais valor. A queda nas cotações disparava: as ações da US Steel, de 250 passaram a valer 22 pontos. As ações da Chrysler, de 135 passaram a 5 pontos, segundo os índices de valores da Bolsa de Nova Iorque.


A Propagação da Crise

Para saldar compromissos, os bancos norte-americanos deixaram de abrir linhas de crédito aos países estrangeiros e passaram a repatriar os capitais que tinham investido no exterior. Esses capitais haviam sido reinvestidos a longo prazo e na maior parte das vezes não se encontravam imediatamente disponíveis. Empréstimos não eram renovados e as dívidas passaram a ser executadas. A seqüência de falências é impressionante. Quebram bancos, e com eles as companhias que neles faziam seus depósitos em conta-corrente. A onda de desemprego aumenta exponencialmente. Sem empregos, não há rendas disponíveis, não há consumo, não há procura e, por conseguinte, não há produção e não há empregos. Este é o ciclo terrível: a crise a alimentar a crise que adquire uma dimensão mundial. Queda na produção industrial, queda no preço de produtos agrícolas. Países como Brasil, México e Argentina chegaram a Ter que destruir estoques agrícolas para tentar sustentar preços no mercado mundial. O comércio internacional ficou totalmente desorganizado.
O desemprego mundial, que era avaliado em 10milhões em 1929, atinge a cifra de 30milhões em 1932 – cifra que está aquém da realidade, pois trata de empregos e desemprego registrados. As tensões sociais aumentam gravemente.


A Superação da Crise

Maior Intervenção do Estado: Cada país, em função de seus problemas específicos, encaminhou de maneiras diferenciadas as medidas para superar a crise. Comum a todos foi um maior dirigismo econômico. Exceto na URSS , onde a economia era centralmente planificada, prevalecia até então o regime de livre-concorrência e o Estado interferia muito pouco nas atividades econômicas. Dentre as medidas para superar a crise, foi marcante a presença do Estado. O economista britânico John Maynard Keynes foi o grande teórico que advogou uma maior presença do Estado nas economias de mercado. Em 1936 era publicada sua obra que tomou-se um clássico do pensamento econômico – A Teoria do Emprego, do juro e da Moeda.
Superação da Crise nos EUA: o New Deal; Nas eleições de novembro de 1932 para a presidência dos Estados Unidos, Herbert Hoover, do Partido republicano, não foi reeleito como esperava. Sucedeu-o o integrante do Partido Democrata, Franklin Delano Roosevelt, que governou o país de 1933 a 1945. Sua plataforma eleitoral estava baseada num programa de recuperação da economia do país, que foi chamado de New Deal.
Reforma Monetária e Intervenção na Agricultura: Roosevelt considerou, ao assumir o poder, que a medida mais importante seria provocar uma alta nos preços para que os produtores, vendendo mais caro, pudessem honrar suas dívidas. Para isso, fez desvalorizar o dólar. Os portadores de dólares, que os usavam em especulações, trataram de empatá-los em mercadorias, o que provocou um aumento na procura. As cotações na bolsa de valores voltaram a aumentar. Além da reforma monetária , providenciou uma reforma no setor agrícola por meio do AAA (Agricultura Adjustment Act – Ato de Ajustamento na Agricultura). Garantiu uma moratória da dívida dos empresários agrícolas, facilitou o crédito para saldar dívidas anteriores e tratou de racionalizar a produção para que não houvesse superprodução. A renda dos agricultores aumentou.
Ataque ao Desemprego e Auxílio ao Setor Industrial: Foram abertas ‘frentes de trabalho" para os desempregados. A coordenação desses trabalhos foi dada ao CWA (Civil Work Administration – Administração do Trabalho Civil): construção de estradas, de prédios públicos. Um projeto mais vasto, que se tornou um símbolo do programa de recuperação nacional, foi o TVA ( Tennessee Valley Authority) visando valorizar o vale do Tennessee, com a criação de condições para sua navegabilidade: barragens e usinas, garantindo muito emprego de mão-de-obra. Era necessária uma "nova repartição"(New Deal) da renda nacional e a garantia do poder de compra do consumidor norte-americano. O NIRA (National Industrial Recovery Act – Ato de restabelecimento industrial Nacional), de junho de 1933, visava eliminar o desemprego no setor industrial, dando à indústria "uma certeza de lucros razoáveis e aos trabalhadores um salário suficiente". cada ramo de atividade industrial deveria estabelecer um "código de concorrência leal que garantisse aos trabalhadores um salário mínimo, limitação de horas de trabalho (para absorver um número maior de desempregados) e um preço mínimo de venda dos produtos. Roosevelt conseguiu com seu programa recuperar a economia norte-americana. A partir de 1937, a atividade produtiva cresce ainda mais com o desenvolvimento da política armamentista, que está associada aos problemas internacionais que levaram à Segunda Guerra Mundial.

Movimentos Sociais e Políticos do Século XIX - Questões com gabarito

Movimentos Sociais e Políticos do Século XIX

01. A Europa da primeira metade do século XIX foi sacudida por significativos movimentos revolucionários.
Qual das alternativas abaixo expressa melhor o significado mais geral desse processo revolucionário?

a) Luta entre os partidários do Antigo Regime e os adeptos da nova sociedade capitalista burguesa.
b) Revoluções de caráter exclusivamente liberal.
c) Revoluções de caráter exclusivamente nacional.
d) Luta entre a burguesia vitoriosa e o proletariado nascente.
e) Luta entre monarquistas e republicanos.


02. Conhecido como "o Herói dos Dois Mundos", Giuseppe Garibaldi lutou na Guerra dos Farrapos, no Brasil. Na Europa, Garibaldi destacou-se:

a) na Unificação Alemã;
b) na Guerra dos Sete Anos;
c) na Guerra dos Trinta Anos;
d) na anexação dos territórios irredentos pela Itália;
e) na Unificação Italiana.


03. (FUVEST)
 "Os homens do século XIX ensurdecem a história com o clamor de seus desejos (...) Longe
dos odores do povo - é conveniente arejar após a permanência prolongada da empregada, após
a visita da camponesa, após a passagem da delegação operária - a burguesia, desajeitadamente,
trata de purificar o hálito de casa. Latrinas, cozinha, gabinete de toalete pouco a pouco deixarão de
exalar seus insistentes aromas (...) O que significa essa acentuação da sensibilidade? Que tramas
sociais se escondem por detrás dessa mutação dos esquemas de apreciação?
(A. CORBIN, Sabores e odores, S. Paulo, Cia das Letras, 1987)

Responda às duas questões colocadas pelo autor.


04. (VUNESP) Assinale a alternativa incorreta sobre o Mundo Contemporâneo:

a) A Unificação Alemã, realizada por Bismarck, deu origem a uma questão solucionada pelo Tratado de Latrão (1929), que criou o Estado do Vaticano.

b) A queda de Napoleão (1815) acarretou a reação absolutista na Europa, corporificada no Congresso de
Viena.

c) A Santa Aliança foi um pacto conservador de oposição aos movimentos liberais.

d) Através da encíclica Rerum Novarum, a Igreja procurou conciliar capital e trabalho.   

e) A imposição de José Bonaparte como rei da Espanha provocou uma insurreição que repercutiu na América.


05. (MACK) A unificação política da Alemanha (1870 - 1871) teve como conseqüências:

a) a ruptura do equilíbrio europeu, o revanchismo francês, a revolução industrial alemã e a "Política de
Alianças";

b) o enfraquecimento da Alemanha e a miséria de grande parte dos habitantes do Sul, responsável pela onda
emigratória do final do século XIX;

c) a anexação da Alsácia e Lorena, o empobrecimento do Zollverein e a retração do capitalismo;

d) a corrida colonial, o revanchismo francês, o enfraquecimento do Reich e a anexação da Áustria;

e) o equilíbrio europeu, a aliança com a França, a formação da união aduaneira e a Liga dos Três Imperadores.


06. (PUC - RIO) O Congresso de Viena, concluído em 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, baseou-se em três princípios políticos fundamentais. Assinale a opção que apresenta corretamente esses princípios:

a) Liberalismo, democracia e industrialismo.
b) Socialismo, totalitarismo e controle estatal.
c) Restauração, legitimidade e equilíbrio europeu.
d) Conservadorismo, tradicionalismo e positivismo.
e) Constitucionalismo, federalismo e republicanismo.


07. (UNIP) As Revoluções de 1848 foram provocadas por diversos fatores, destacando-se, entre outros:

a) o fascismo, o comunismo e o positivismo;
b) a social-democracia, o anarquismo e o comunismo;
c) o sindicalismo, o republicanismo e o conservadorismo;
d) o liberalismo, o nacionalismo e o socialismo.
e) o populismo, a social-democracia e o parlamentarismo.


08. 
"O amor vem por princípio, a ordem por base;
O progresso é que deve vir por fim.
Desprezaste esta lei de Augusto Comte
E foste ser feliz longe de mim." (Noel Rosa / Orestes Barbosa)

Estes versos referem-se a uma das novas idéias espalhadas pelas classes urbanas da sociedade brasileira,
no final do século XIX. Assinale a alternativa que diz respeito à filosofia mencionada nos versos:

a) Positivismo
b) Socialismo
c) Existencialismo
d) Marxismo
e) Liberalismo


09. No início do século XIX, Saint-Simon, Robert Owen e outros propuseram reformas, para atenuar os males
causados pelo fortalecimento da ordem burguesa sobre os operários e para distribuir melhor a riqueza.

Como esperassem medidas humanitárias dos governos burgueses, Karl Marx chamou-os de:

a) social-democratas
b) socialistas utópicos
c) sindicalistas radicais
d) comunistas ortodoxos
e) anarquistas românticos.


10. O cartismo inglês, movimento operário que surgiu na década de 1830, reivindicava:

a) o estabelecimento do socialismo na Inglaterra;
b) a organização dos trabalhadores em ligas operárias;
c) a luta armada para a realização do socialismo;
d) a destruição das máquinas nas fábricas;
e) benefícios trabalhistas e eleitorais.


Resolução:

01. A

02. E
03. O texto refere-se ao contexto do século XIX e às mudanças provocadas pela ascensão da burguesia.
04. A05. A06. C07. D
08. A09. B10. E 

História do Brasil - Urbanização no Brasil

Urbanização no Brasil


A sociedade brasileira mudou muito nas últimas décadas e os espaços urbanos passaram a concentrar a maioria das nossas contradições econômicas, políticas e sociais.
No início da década de 1930, a industrialização dava seus primeiros passos através do capital nacional e já apontava para uma nova etapa de desenvolvimento econômico que o país seguiria.
Com a entrada do capital internacional, a partir do final da década de 1950, o Brasil passou de nação essencialmente agrícola - exportadora de matéria-prima - a produtor de industrializados.
Esse processo resultou numa alta concentração urbana, significando alteração no ritmo e no modo de vida das pessoas. O espaço geográfico foi se transformando e somente uma análise crítica dessa dinâmica pode explicar a nova realidade que surgia.
Observar a paisagem industrial pode nos dar uma ideia desse processo de transformação, mas é buscando os "porquês", que vamos entender a indústria como o fenômeno econômico que caracteriza a fase moderna da nossa sociedade.


As relações de trabalho e a urbanização

A cidade é a expressão maior da sociedade contemporânea. Ela é natureza transformada, espaço geográfico - construído e dinâmico, lugar de ir e vir, do fluxo intenso de informações e de efervescência cultural.
A cidade não é uma paisagem estática, já que é a expressão da sociedade múltipla, especialmente quando age como polo de atração de gente que carrega os contrastes regionais. A cidade possui movimento: sobre um espaço construído, constrói-se e reconstrói-se.
A urbanização é um processo que é parte de outros processos, de outras transformações de caráter mais
amplo. Transformações políticas, econômicas e culturais que atuaram na origem e na evolução das cidades.
Na sociedade contemporânea há inúmeros papéis urbanos, com acentuada divisão social e territorial do trabalho, diferindo das comunidades primitivas onde não existia divisão do trabalho.
Havia somente a divisão de tarefas em função das diferenças de papéis entre homens, mulheres, jovens e velhos. Assim como não havia a divisão social, não havia também a divisão territorial do trabalho: a que existe entre a cidade e o campo.
As primeiras cidades fundadas pelos portugueses na nossa faixa litorânea eram essencialmente mercantis, cidades-portos, por onde escoavam o pau-brasil, depois a cana-de-açúcar e depois o café. A partir delas, o Brasil se articulava à economia capitalista mundial como colônia agroexportadora.
Na sua forma de construção, eram também cidades-artes, para garantir o controle do poder português sobre colônia, com um caráter político que se expressava em números papéis burocráticos e administrativos.
Com a independência do país, o papel mercantil de nossas cidades se reforçou. Os interesses da reprodução capitalista com a ampliação da capacidade de produção industrial, a partir da Inglaterra e em desenvolvimento na Europa, exigiam mercados consumidores. Continuamos a exportar, mas o comércio de importados ampliou-se.
A faixa litorânea ficou bem mais densa, e a rede urbana estendeu-se para o interior.
Esse processo foi mais acentuado em São Paulo. Os ingleses e os fazendeiros de café começaram a construir ferrovias para agilizar o leva e traz de matérias-primas ou manufaturados. Em torno das grandes fazendas de café formaram-se novos povoados - embriões de cidades - mas, até 1930, o Brasil continuou sua expansão territorial baseada na agricultura para exportação - na monocultura (cana-de-açúcar, cacau, café).
A partir da década de 1930, com a aceleração do processo de industrialização, as funções urbanas se ampliaram devido à grande concentração das unidades produtivas e das várias atividades necessárias para o próprio funcionamento industrial. Por exemplo, o setor de serviços, que conferiu ao espaço urbano uma crescente Importância na divisão social e técnica do trabalho.
A partir daí desenvolveu-se no país o binômio urbanização - industrialização. Imprimiu-se um ritmo nervoso de crescimento às cidades, multiplicando-se as funções e atividades urbanas necessárias ao próprio desenvolvimento industrial: comércio, setor de serviços, transporte coletivo. Redefinia-se o eixo de nossa urbanização.
Com a industrialização abriu-se uma nova era urbana: a da formação de um mercado consumidor nacional para uma industrialização predominantemente apoiada na produção de bens de consumo.
O perfil de urbanização que se construiu para o Brasil, entre 1930 e 1955, reforçou-se com o governo JK - Juscelino Kubitschek - que, com o slogan "50 anos em 5", promoveu a industrialização e a modernização da economia do país, além de transferir a capital federal para o Planalto Central com a construção de Brasília.
Os governos militares, pós 1964, continuaram a propiciar condições favoráveis aos investimentos estrangeiros no país - por meio da instalação de unidades industriais ligadas a conglomerados econômicos transnacionais - como as indústrias automobilísticas do ABC paulista.
Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, surgiram políticas liberais nos países subdesenvolvidos, que facilitaram a associação entre o capital internacional e o nacional. Essa associação ofereceu ao capital estrangeiro garantias para a instalação de indústrias, caracterizando as políticas desenvolvimentistas de JK e dos governos . militares, até a década de 1970.
Com isso, ampliaram-se ainda mais os papéis urbanos na divisão territorial do trabalho. As cidades não são mais apenas um espaço do poder político comercial e um ‘ espaço da produção industrial e do seu consumo. As cidades atuais são o lugar da reprodução financeira do . capital; o lugar onde circulam as ideias e as informações. É o lugar onde habitam, se educam e se preparam, onde circulam aqueles que se integram ao Brasil urbano-industrial enquanto força de trabalho.
A concentração de gente e de riquezas nas cidades trouxe seus efeitos para o campo:
  • O processo de concentração fundiária não se reverteu. Em 1985, apenas 1% dos estabelecimentos agrícolas ocupavam 40% da área total agrícola.
  • Por outro lado, a agropecuária ficou totalmente subordinada ao capital industrial e financeiro. Uma das formas dessa subordinação é o aumento do consumo dos produtos industriais como máquinas agrícolas, sementes, fertilizantes.
  • Outra forma de subordinação do campo à cidade revela-se pela expansão da produção agrícola destinada diretamente ao beneficiamento industrial. É o caso típico da cana-de-açúcar para a produção do álcool.
  • Uma outra forma de subordinação é que o próprio trabalhador do campo tornou-se consumidor da produção urbana.
A divisão de papéis inverteu-se. Atualmente as atividades do campo dependem das atividades e das decisões que se desenvolvem nas cidades.


O êxodo rural

O rápido aumento da produção urbana e da urbanização brasileira tem como principal fator o êxodo rural- urbano, a migração campo-cidade, isto é, a saída das pessoas das áreas rurais em direção às cidades.
Dentre os fatores responsáveis pelo êxodo rural e que contribuem para o decréscimo da população rural do país destacam-se:
  1. A tendência à urbanização, com o crescimento econômico a partir da influência direta ou indireta da industrialização.
  2. Os desequilíbrios setoriais de crescimento no conjunto da economia.
  3. Os problemas socioeconômicos do setor primário, sobretudo da agropecuária.
As migrações campo-cidade no Brasil vêm desempenhando espontaneamente, sem interferência compulsória ou mesmo planificadora do Estado, funções de extraordinária importância. Entre elas, podem-se registrar especialmente as seguintes:
  1. a diminuição da população rural, nas últimas décadas, embora seu crescimento natural continue alto;
  2. a redistribuição do potencial demográfico, interiorizando o epicentro populacional brasileiro, ocupando áreas não valorizadas e acelerando o processo de urbanização num ritmo superior ao do processo de industrialização, o que dá lugar ao problema da favelização.
  3. a introdução no circuito econômico de grandes contingentes humanos, com o duplo efeito de abastecimento de mão-de-obra para a industrialização e ampliação do mercado interno;
  4. a criação de uma consciência nacional, com a superação das divisões regionalistas em que as populações excedentes vivem ilhadas, isoladas.
Os centros de convergência das populações que saem da área rural são as principais áreas metropolitanas do Brasil:
  • metrópoles nacionais - Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro;
  • metrópoles regionais - Grande Belo Horizonte, Grande Recife. Grande Porto Alegre, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Curitiba, Grande Belém e Grande Vit

História do Brasil - O Espaço Urbano no Brasil

O Espaço Urbano no Brasil


O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como resultado da modernização econômica e do grande desenvolvimento industrial graças a entradas de capital estrangeiro no país.
As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dando origem às grandes metrópoles.
A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados, expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A cidade transformou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural.
A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adaptados à realidade brasileira.
A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das atividades do setor terciário informal.
O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a partir dos anos 50 levou a um processo de metropolização.
Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões metropolitanas (criadas em 1974 e 1975).
A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização, com os índices de crescimento econômico maiores nas cidades médias, havendo assim um processo de desconcentração econômica.
Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas, havendo também desconcentração populacional.
Está ocorrendo um declínio da importância das metrópoles na dinâmica social e econômica do país.
Um número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das cidades médias e grandes.
Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da população brasileira, já está de alguma forma integrada aos sistemas de consumo, produção e informação.
Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absolvendo aspectos do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológicas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e sobrevive apenas nas regiões mais pobres.
A produção comercial está cada vez mais voltada para a cidade.
A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais mercados nacionais e internacionais.
A implantação de modernos sistemas de transportes e de comunicações reduziu as distâncias e possibilitou a desconcentração das atividades econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas a partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacionais.
Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial brasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comunicação.
Observa-se uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional e a formulação de um novo modelo de relações, muito mais complexo e adequado ao quadro social e econômico do Brasil contemporâneo.